Alunos da 5ª série A de 2011

Alunos da 5ª série A de 2011
Alunos em grupos fazendo trabalho sobre adolescência






Campanha valorização do Professor

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA - 5ª série A e B em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA - 5ª série A e B em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc
em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA DO NASCIMENTO 2009

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA DO NASCIMENTO 2009
ALUNOS AO LADO DA ESCOLA NA FESTA DOS 80 ANOS

domingo, 24 de outubro de 2010

COMO AS MULHERES DOMINARAM O MUNDO.

Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E aí, papai?
- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior:
Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Aí, veio o golpe mundial?!?
- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
- Como era mesmo o nome dele?
- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci... Desculpe, filho, já faz tanto tempo...
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
- Pai, conta mais...
- Bem filho... O resto você já sabe.
Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros...
A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
- TPM???
- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas...
Luis Fernando Verissímo

MOMENTOS - Martha Medeiros

A vida é feita deles, dos momentos. Por vezes felizes, por vezes tristes, mas momentos.
Temos a tendência, falo de mim em particular, de querer eternizá-los quando são bons e torcer para que realmente sejam momentos quando não agradam, não são felizes.
O ruim é que nem sempre temos em mente que a vida é como uma colcha de retalhos que aparentemente não combinam entre si e ficamos tentando montar uma única figura para poder olhar e dizer: - Ah! Agora sim está pronta e pode ser usada- Esquecemos que a graça está justamente no descompasso e na falta do encaixe dos retalhos. É isso que dá a harmonia, dá o ar de mistério e cada um olha e vê a figura que quiser ou que puder ver. Os momentos podem ser eternizados sim, na mente e no coração, é só sentir e escolher os que realmente valem a pena. Mas para isso têm que ser vividos e não pulados ou deixados de lado como um mero retalho de vida sem serventia.
Não existe uma entidade chamada felicidade, que chegará em uma bela carruagem puxada por elegantes cavalos brancos, que irá bater em nossa porta em uma manhã de sol com um mensageiro portador do segredo do viver bem. A felicidade é feita de momentos felizes que passam rápido e não deixam recado e nem avisam quando e se vão voltar. Saber apreciar esses momentos é que fazem a vida valer a pena de ser vivida.
Tudo passa muito e dolorosamente rápido demais, não adianta querer segurar. Eu tive um professor que dizia uma frase que eu nunca mais esqueci que era mais ou menos assim – “A verdadeira festa é esperar pela festa, porque a mesma passava tão rápido que não dá nem para sentir”. Acho que ele estava totalmente certo. Os momentos que antecedem a festa podem ser mais valiosos que a própria em si e por muitas vezes não damos valor. Ficamos tão estressados com os preparativos no lugar de vivenciarmos cada segundo dessa maratona. Esquecemos de valorizar a energia que corre no sangue pelo suar frio de pensar em que roupa usar na ocasião, que música escolher, que petisco servir, quem convidar... Enfim cada decisão é um momento que traz em si uma emoção que nunca mais voltará, pois cada festa é única.
O filme, ao qual me referi no início do texto, me fez pensar que por muitas ocasiões nos prendemos no todo e esquecemos os detalhes. Os momentos são os detalhes que fazem o todo. Os momentos são como o recheio do bolo, dá o gosto e, no entanto não aparecem, mas não são esquecidos, sem ele não há sabor.
“Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes para esquecer...” Grande Roberto Carlos- lembra da música? É isso, os momentos são os detalhes da vida que formam a magia do bem viver, basta saber como emendar essa grande e valorosa colcha de retalhos. Os retalhos não têm que se encaixar e formar uma figura uniforme, eles são desordenados mesmo, não possuem regras nem forma, cada um prega o seu da maneira que sente e que vê e assim a vida vai passando e sendo vivida.
Momentos nada mais que momentos... Viva os seus e sinta a plenitude do todo sem esquecer-se de referenciar a presteza do requinte dos detalhes.

...gente fina, elegante e sincera Martha Medeiros

…gente fina, elegante e sincera
Uma amiga querida, em relato sobre uma atitude nada ética de uma outra pessoa, falou: “puxa, pensei que o mundo fosse constituído de gente fina, elegante e sincera!”(parafraseando a música do Lulu Santos).
Fiquei com a coisa na cabeça. Gente fina, elegante e sincera! Aí resolvi escrever sobre isso
Então, o que é gente fina e elegante? Não, certamente não são aquelas que vestem grife e circulam pelas lojas caras das cidades (seja a cidade qual fôr!). Não, não está relacionada a roupa, mas a alma! E nesta categoria “alma”, em especial, duas são preocupantes: as almas autoritárias e as almas assujeitadas.
Almas autoritárias! Hum…estas acreditam que tudo começa e termina nelas, suas verdades (e seus sofrimentos) são os únicos. São as “almas-trator”, desconsideram o olhar dos outros e vivem dando indulgências para suas pequenas(ou grandes) maldades. Ao desculparem seus erros a partir do suposto defeito alheio, não se dão conta das leis de Newton (toda ação corresponde a uma reação!), quando recebem a reação da ação realizada: caramba, são as vítimas do pedaço!
Conheço muitas almas autoritárias, algumas são risíveis, outras difíceis de conviver, outras muito cruéis.
Sim, as almas autoritárias nada finas e nem tampouco elegantes (independente de suas roupas, cortes de cabelos, etc) acreditam que o sentimento alheio não existe, negam o desejo do outro. E mais ainda, apagam o outro!
Ser elegante e fino é ver o outro!Reconhecer que há um mundo em que vivem pessoas – tão pessoas quanto qualquer um! Um mundo de gente que pode chorar, pois estamos aprisonados (ou libertos) em nossa condição humana, demasiadamente humana! E nesta o erro é sempre uma hipótese possível.
Sim, eu quero poder chorar um milhão de vezes. Chorar de saudade, chorar de alegria, chorar de arrependimento, chorar de indignação, chorar… Chorar é fino e elegante, respeitar o choro alheio mais ainda!
Outra categoria nada fina e nada elegante, são as almas assujeitadas. Estas vivem muito perto das “almas-trator”. Para toda “alma-trator” há uma alma assujeitada.
A alma assujeitada adora comprar coisinhas caras, como se as coisas caras fizessem dela algo igualmente caro. Caro, mas não raro. As almas assujeitadas não se preocupam com a singularidade, mas com a regularidade: desejam ser sempre iguais aos mais ricos ,aos mais bacanas, aos mais famosos!Para a alma assujeitada não há alma, só corpo. A alma assujeitada só vê o que os olhos humanos podem ver. Vê, mas não decifra! Ouve, mas não compreende!
Gente fina e elegante vê para além das aparências, ouve para além do que está sendo dito. Ser fino e elegante é fugir da superficialidade! Ser fino, muitas vezes, é ficar ao lado dos vencidos. Fino é não julgar!
É, amiga querida, também eu pensava ser o mundo constituído por gente fina, elegante e sincera!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

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TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

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TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO DE ALUNOS SOBRE O LIVRO LIÇÕES DO RIO GRANDE

TRABALHO SOBRE O LIVRO LIÇOES DO RIO GRANDE

ALGUNS ALUNOS AO LADO DA ESCOLA

PREMIAÇÃO DOS 80 ANOS DA ESCOLA

PREMIAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS 80 ANOS DA ESCOLA

PREMIAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS 80 ANOS DA ESCOLA

PREMIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA SEMANA DO ANIVERSARIO

PREMIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA SEMANA DE ANIVERSARIO

80 ANOS DA ESCOLA AGNELLA

80 ANOS DA ESCOLA AGNELLA DO NASCIMENTO

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um Anjo chamado Mãe

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:
Dizem que estarei sendo enviado à Terra amanhã...Como eu vou viver lá, sendo assim tão pequeno e indefeso?
DEUS: -Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lá te esperando e tomará conta de você.
CRIANÇA: -Mas diga-me: Aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?
DEUS: -Seu anjo cantará e sorrirá para você e, a cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
CRIANÇA: -Como poderei entender quando falarem comigo se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
DEUS: -Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
CRIANÇA: -E o que falarei quando quiser te falar?
DEUS: -Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
CRIANÇA: -Eu ouvi dizer que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?
DEUS: -Seu anjo lhe defenderá, mesmo que isso signifique arriscar a própria vida.
CRIANÇA: -Mas eu serei sempre triste porque não te verei mais.
DEUS: -Seu anjo sempre lhe falará sobre mim, e lhe ensinará a maneira de vir a mim, e Eu estarei sempre dentro de você. Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas...
A criança apressada pediu suavemente: -Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, digame, por favor, o nome do meu anjo.
DEUS: -Você chamará seu anjo de MÃE.
Que você seja muito feliz...

FELIZ DIA DAS MÃES!

Professores Apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.

* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência);

O anjo de Karen

A adolescente aguardou o final da aula e se dirigiu ao professor. Confiava nele e, por isso, desejava lhe contar a tormenta que estava vivenciando.
Estava prestes a sair de casa, embora não soubesse para onde ir. Mas, não agüentava mais a situação.
Sua mãe se prostituíra e, todos os dias, homens diferentes adentravam o que deveria ser o seu lar.
Era uma vergonha! - dizia Karen. Tenho vergonha de minha mãe. Não nos falamos há muito.
O professor, experimentado nas questões do mundo, ouviu com atenção e sugeriu que ela conversasse com sua mãe.
Alguma vez perguntara a ela o que estava acontecendo? Por que se permitia tal comportamento?
Mãe e filha eram como duas estranhas vivendo sob o mesmo teto. Quando uma entrava, a outra saía.
O tempo passou. Aquele ano se findou e meses depois, a jovem procurou o professor, outra vez.
Estava diferente. O rosto irradiava felicidade. Ela falara com sua mãe. Um longo e doloroso diálogo.
Contudo, se dera conta que sua mãe sofria de uma grave carência afetiva.
A mãe falara de sua viuvez muito jovem, uma filha para criar, a rebeldia de Karen, a soma das dificuldades.
E, por fim, do equivocado caminho pelo qual optara.
Mais um tempo passado e Karen veio dizer ao professor que ela e sua mãe tinham transferido residência.
Que se haviam tornado amigas. Que agora costumavam fazer tudo juntas. Que a mãe deixara a vida equivocada e se dedicava, com exclusividade a ela.
Saíam, conversavam, faziam compras, trocavam idéias. Como era boa aquela mãe - descobrira a jovem.
Karen estava muito agradecida ao professor por ter sugerido que ela conversasse com sua mãe, que se aproximasse dela.
Hoje, passados alguns poucos anos, Karen está casada e tem um filhinho.
O genro encontrou na sogra uma pessoa especial, dedicada, carinhosa.
Agora, quando o casal deseja viajar, ou necessita estender-se em horas a mais no trabalho, é a mãe dedicada que fica com o netinho.
Vovó, mamãe! - essas são as palavras mágicas que alimentam o coração da mãe de Karen.
Em verdade, o anjo de Karen. O anjo de sua vida, que vela todos os dias por ela, pelo genro a quem acolheu como filho e ao netinho.

* * *
O diálogo franco, honesto ainda faz muita falta. No lar, as pessoas se isolam, magoadas umas com as outras, por palavras ditas ou não ditas, por atitudes impensadas.
Tudo se tornaria bem mais fácil se as pessoas aprendessem a conversar, a perguntar porquês, a indagar de razões.
Se, em vez de se falar às ocultas, criar desconfianças, gerar desencontros, aprendêssemos sempre a conversar, olhando nos olhos uns dos outros, a vida se tornaria mais fácil de ser vivida.
Pois o que complica a vida é cada qual ficar em seu canto, imaginando que não é amado, querido, desejado.
Quando seria tão simples perguntar: Por que você está agindo desta forma?
Por que tomou aquela atitude? Por que não fez o que lhe pedi? Por que esqueceu do nosso aniversário?
Pense nisso e adote, em sua vida, a atitude de nunca deixar para depois o elucidar qualquer questão.
Converse mais, participe das questões familiares, seja amigo dos seus amores.
Descubra, enfim, a riqueza de cada um e enriqueça-se interiormente, tornando a sua vida plena de amor, de atitudes de afeto e bem-querer.

Experimente!

O anjo de Karen

A adolescente aguardou o final da aula e se dirigiu ao professor. Confiava nele e, por isso, desejava lhe contar a tormenta que estava vivenciando.
Estava prestes a sair de casa, embora não soubesse para onde ir. Mas, não agüentava mais a situação.
Sua mãe se prostituíra e, todos os dias, homens diferentes adentravam o que deveria ser o seu lar.
Era uma vergonha! - dizia Karen. Tenho vergonha de minha mãe. Não nos falamos há muito.
O professor, experimentado nas questões do mundo, ouviu com atenção e sugeriu que ela conversasse com sua mãe.
Alguma vez perguntara a ela o que estava acontecendo? Por que se permitia tal comportamento?
Mãe e filha eram como duas estranhas vivendo sob o mesmo teto. Quando uma entrava, a outra saía.
O tempo passou. Aquele ano se findou e meses depois, a jovem procurou o professor, outra vez.
Estava diferente. O rosto irradiava felicidade. Ela falara com sua mãe. Um longo e doloroso diálogo.
Contudo, se dera conta que sua mãe sofria de uma grave carência afetiva.
A mãe falara de sua viuvez muito jovem, uma filha para criar, a rebeldia de Karen, a soma das dificuldades.
E, por fim, do equivocado caminho pelo qual optara.
Mais um tempo passado e Karen veio dizer ao professor que ela e sua mãe tinham transferido residência.
Que se haviam tornado amigas. Que agora costumavam fazer tudo juntas. Que a mãe deixara a vida equivocada e se dedicava, com exclusividade a ela.
Saíam, conversavam, faziam compras, trocavam idéias. Como era boa aquela mãe - descobrira a jovem.
Karen estava muito agradecida ao professor por ter sugerido que ela conversasse com sua mãe, que se aproximasse dela.
Hoje, passados alguns poucos anos, Karen está casada e tem um filhinho.
O genro encontrou na sogra uma pessoa especial, dedicada, carinhosa.
Agora, quando o casal deseja viajar, ou necessita estender-se em horas a mais no trabalho, é a mãe dedicada que fica com o netinho.
Vovó, mamãe! - essas são as palavras mágicas que alimentam o coração da mãe de Karen.
Em verdade, o anjo de Karen. O anjo de sua vida, que vela todos os dias por ela, pelo genro a quem acolheu como filho e ao netinho.

* * *
O diálogo franco, honesto ainda faz muita falta. No lar, as pessoas se isolam, magoadas umas com as outras, por palavras ditas ou não ditas, por atitudes impensadas.
Tudo se tornaria bem mais fácil se as pessoas aprendessem a conversar, a perguntar porquês, a indagar de razões.
Se, em vez de se falar às ocultas, criar desconfianças, gerar desencontros, aprendêssemos sempre a conversar, olhando nos olhos uns dos outros, a vida se tornaria mais fácil de ser vivida.
Pois o que complica a vida é cada qual ficar em seu canto, imaginando que não é amado, querido, desejado.
Quando seria tão simples perguntar: Por que você está agindo desta forma?
Por que tomou aquela atitude? Por que não fez o que lhe pedi? Por que esqueceu do nosso aniversário?
Pense nisso e adote, em sua vida, a atitude de nunca deixar para depois o elucidar qualquer questão.
Converse mais, participe das questões familiares, seja amigo dos seus amores.
Descubra, enfim, a riqueza de cada um e enriqueça-se interiormente, tornando a sua vida plena de amor, de atitudes de afeto e bem-querer.

Experimente!

Alma Estudantil

Quiséramos ter o poder
De delinear a alma desse ser
Que de algum modo tenta perceber
O que há muito tempo não dá pra ver.
A vontade de querer crescer,
Crescer como intelectual,
Crescer como pessoa normal,
Crescer em busca do principal,
Da vontade de ser alguém, afinal.
Mas tudo está mudado.
O estudante precisa ser ajudado,
O seu coração, confortado,
Porque o mundo, nesse momento,
Não põe firmeza em seu sentimento
Não o faz objetivar,
O que tanto faz sonhar
Através do necessitar.
Necessidade de ser conscientizado,
Do sonho que deve ser realizado
Pois muitos vêm à escola,
E não sabem a que vêm
E em suas mentes, nada têm.
Quando percebem, deixaram de aprender.
Não que seja tarde,
Mas que um vazio ficou pra trás.
O mundo os cobra decência,
Competência,
Experiência,
Vivência,
Clemência,
Pois eles passaram pela escola,
Mas a escola não passou por eles.
Mas uma vez, não será tarde
Para reconhecer que a maior escola
Estará sempre de portas abertas:
A escola da vida.
E nessa escola,
Será aprovado aquele estudante que não se intimida
Com os obstáculos que fazem parte da vida.


Márcio Alessandro de Melo

A mais nobre profissão

Qual será a profissão mais nobre? Quem será mais importante: o médico que salva vidas ou o motorista do coletivo que conduz centenas de passageiros, todos os dias, em segurança?

Quem terá maiores méritos perante a divindade? O professor que ensina à criança as primeiras letras, descortinando-lhe o mundo encantado do alfabeto ou o professor universitário que prepara os jovens para o mercado de trabalho, para a sociedade, ensinando-lhes com a própria experiência?

Analisando as tantas profissões que existem no mundo, conclui-se que nenhuma pode ser descartada. Ao menos não enquanto vivemos a situação de planeta de provas e expiações.

Senão vejamos: o escritor utiliza dos seus recursos e escreve livros que renovam o pensamento do mundo.

A sua é a possibilidade de encantar, de proporcionar viagens fantásticas pela imaginação, de utilizar sabedoria, arte e beleza, dentro da vida.

Contudo, uma vassoura simples faz a alegria da limpeza. E, sem limpeza, o poeta não consegue trabalhar.

As máquinas agrícolas abrem sulcos profundos na terra, revolvendo-a e a preparam para o plantio. Logo mais, as linhas que ela traça no solo transbordarão de milho, arroz, batata, trigo, enchendo os celeiros e as mesas.

O marceneiro trabalha com cuidado a madeira e lhe confere formas que cooperam na construção do lar.

O pedreiro ergue muros, coloca alicerces para os edifícios grandiosos.

Organiza o seu pensamento e os seus esforços e faz surgir obras fenomenais.

Mas por mais belo que seja o edifício, os seus mármores, cristais, tapetes luxuosos, não dispensarão a mão amiga da faxineira que lhes dará brilho.

Os magistrados usam a pena e a justiça e sentenciam.

Das suas sentenças dependem vidas. Vidas que prosseguirão a ter alegrias ou se encherão de tristezas.

Os políticos orientam e governam, elaboram leis e as votam, decidindo o que seja melhor para o povo.

Entretanto, todos eles necessitam das mãos hábeis que conduzem as máquinas que lhes tecem as roupas que os defende do frio.

Se os juízes se reúnem nas mesas de paz e justiça, os lavradores e agricultores são os que lhes ofertam os recursos para as refeições.

Ninguém suponha que perante Deus, os grandes homens sejam somente aqueles que usam a autoridade intelectual.

Que seria da humanidade se de repente não tivéssemos mais cozinheiros, recepcionistas, lavadeiras, arrumadeiras, babás?

Que faríamos sem esta gama enorme de servidores da humanidade?

Pense nisso Todos somos chamados a servir, na obra do Senhor, de maneira diferente.

Cada trabalhador, em seu campo de ação, pode se considerar honrado pelo bem que possa produzir.

Cada empregador ou empregado nos convençamos de que a maior homenagem que podemos prestar ao criador é a correta execução do nosso dever, onde estivermos.

Nove Maneiras de Ajudar Uma Criança a Aprender a Ler

Com hábitos simples que podem ser aplicados desde cedo em casa ou na escola, você pode resolver um dos maiores problemas entre os jovens: O Hábito da Leitura.

1 - Leia em Voz Alta, para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provávelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo. A idéia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.
2 - Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.
3 - Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. "Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no Circo?"
4 - Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.
5 - Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então começe a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?"
6 - Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc, estejam sempre disponíveis e a vista de todos.
7 - Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.
8 - Visite com frequencia uma Biblioteca. Começe fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.
9 - Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.

Fonte:U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series

Dez Mandamentos do Estudo

Caro aluno,

Observe as seguintes orientações, que podem auxiliá-lo nos seus estudos.
1 - Estude mais os conteúdos de que você menos gosta. Estudar aquilo de que se gosta é prazer; trabalho é aprender o que parece difícil. 2 - Não confunda não gostar do professor com não gostar da matéria. 3 - O medo de tirar má nota atrapalha seu estudo. Não estude por nota; estude porque você ficará diferente e melhor. 4 - Você não aprende nada sem se interessar. Procure criar interesse. Uma pessoa inteligente descobre interesse nas tarefas mais enfadonhas. 5 - Caso você esteja com problemas pessoais, não se culpe por não conseguir estudar. Procure conversar com alguém e aconcelhar-se. 6 - Não estudem em sequência as matérias parecidas; uma pode atrapalhar a outra. Por exemplo, intercale Português com Matemática; Ciências com Matemática, etc. A Mudança de assunto é uma forma de descanso mental. 7 - Faça de sua escola apenas um lugar onde você se orienta. Estudo mesmo é o que você faz por conta própria. Não espere que a sua professora lhe "ponha a matéria na cabeça"; o máximo que ela pode fazer é orientá-lo. 8 - Organize um horário não só de estudos, mas de todas as suas atividades. Lembre-se existe hora para tudo. 9 - Cuide também do seu ambiente de estudo e materiais escolares, não deixem que desordem atrapalhe seus estudos. 10 - Fixe um lugar e as horas em que estuda. Isso o ajudará a obter concentração e transformar-se-á em hábito diário.

Texto adaptado da Revista Construir Notícias..

Medo de ser professor...

Seu nome é Lúcia. Encontrei-a no ônibus, a caminho do trabalho. Não dormiu bem a noite. Ficou sabendo no dia anterior que receberá, no proximo ano, um estudante com deficiência, entre os da nova turma. O que fará se não foi formada para isso? Com essa novidade de Inclusão, como fará para empreender novos conhecimentos numa área em que nunca teve intenção de trabalhar?
Oras, na sua época de magistério, um dos caminhos era a Educação Especial mas fugiu como o diabo foge da cruz. Nunca teve contato com alguém com qualquer deficiência. Lógico, já viu, passou perto até, mas não, nunca teve contato. Nem em cinemas, nas ruas, nas lojas, nas praças… Muito menos nas escolas em que estudou. Culturalmente, pessoas assim sempre tiveram um ambiente próprio, que não era, definitivamente não era, o seu. E agora mais essa…
Mãe de dois filhos, dupla jornada para complementar o baixo salário… Mais essa…
Seu mundo, me pareceu, era pequeno. Uma reclusão a que tantos se impõem ou por medo, ou por preguiça.
Lúcia quiz contar mais, que se considerava boa professora, mas que agora tinha dúvidas. Chegou ao final de mais um ano letivo concluindo que a maioria dos estudantes, que deveriam ser retidos, mas com esse negócio de promoçao automática, pelo amor de Deus, foram promovidos. Não estavam recebendo uma boa educação em casa. Estava pensado muito seriamente sobre isso. E a moral e os bons costumes? Ela não ia se prestar a fazer o que considera obrigação da família. Não se acha a culpada por lares desfeitos (quando são feitos, salientou). Hoje em dia não pode nem comemorar Dia das Mães ou dos Pais na escola. E por quê? Porque as famílias não são mais família, disse indignada. Atualmente vieram com outra novidade: Dia da Família. Não sabe se adianta muita coisa.
Perguntei como era seu trabalho, o que ensinava. Começou a contar com alegria sobre as cartilhas, o alfabeto, as crianças com brilho nos olhos que chegavam a ela querendo aprender a ler. Não sabiam nada, muitas considerava virem do zero, nem pré escola haviam feito, um horror na sua concepção de educadora. Tinha que ensinar tudo, desde escovar os dentes a ficar quieto na carteira escolar. Um custo. Levantar a mão para falar, rezar no início das aulas, falar em coro “seja bem vindo” ou “volte sempre” para cada pessoa que vier a porta da sala de aula. Depois, com o passar do tempo, ficava uma beleza… Disciplina, todos iguaizinhos. Mas sempre tem aqueles… Os do fundo da sala. Esses, já sabe no que vai dar no final do ano. Já está escrito, pra ela não tem jeito.
E então, inicia as letras… Todo dia, todos em coro: “A, B, C…” Aponto as letras com a régua. Depois, faz chamadinha oral. Usa uma cartilha antiga, mas muito eficaz. Escondida, porque se o diretor pega… Ele até sabe, mas tem um combinado de “se não vê, não sabe”. Dá algumas coisas do Construtivismo, sabe como é, diz, tem que dar de tudo um pouco. Se não, é chamada de tradicionalista. Um horror. Aí a coordenadora tem que fazer alguma coisa. É aquela coisa do “viu, já viu”.
Até o final do ano, para ela é de praxe, todos os estudantes têm que iniciar letra de mão. Oficialmente não é pra fazer isso, sabe, mas os professores da escola em que trabalha têm este acordo. Sempre foi assim, na sua época dava certo, porque agora inventaram diferente?
É a mesma coisa com avaliação. E reclama de uma professora nova na escola que nas reuniões vem com “coisa nova”, querendo se mostrar, fica falando umas novidades que ninguém gosta, que avaliação tem que ser individual… Como assim?
Avaliar só com prova mesmo. E prova igual pra todos. Quem vai bem, vai, quem não vai é porque não aprendeu, tem algum problema. Tem que fazer recuperação. Mas é uma chateação porque tem que aumentar sua nota por causa da tal promoção automática.
E agora, vai ter um estudante com deficiência na turma. E a professora de Educação Especial da escola não pode mais ensiná-lo na sala de recursos… Então ela vai fazer o que na escola? E o estudante? Diz que a professora agora tem que ficar com o estudante com deficiência na sala e ensinar… O quê, se ele não aprende? E a professora de Educação Especial pode trabalhar em parceria e ensinar coisas complementares no horário oposto ao da sala de aula ao estudante.
Lúcia não ia mais parar de falar como pude sentir, mas tive que interrompê-la pois desceria no meu ponto de ônibus.
Fui caminhando para meu trabalho pensando em quantos professores pensam e agem da mesma maneira. Numa classe de aula assim, nada pode sair diferente do que planeja, sem contar que o planejamento deve ser daqueles, hiper rígidos. Imagino a vida escolar das crianças, como não deve ser, numa situação assim.
Uma pessoa rígida, fechada para coisas novas na vida, desde mudar sua forma de avaliação até pensar diferente sobre o que é ensinar. Imagino que deve sofrer muito porque sua rigidez a torna insensível a mudança externas e internas. O mundo muda todo dia, as relações humanas, a História, a Geografia, sua relação com o mundo… Dizer não para tudo, se negar a tentar, a aprender e apreender o novo talvez a faça melancólica, severa, acreditando apenas no que já passou, no antigo, no velho mesmo, arcaico. Como se fosse um chão. Sem ele, seu mundo acaba.
Você pensa como a Lúcia?
O que fará quando na turma de estudantes tiver um ou mais com deficiência?
Que tal fazer diferente? Que tal pensar na sua prática pedagógica? É muito complicado, não sabe por onde?
Pesquise sobre trabalhos realizados por professores em sala de aula com pessoas com deficiência, as mais diversas. Pense, por exemplo: se você tiver estudante(s) com surdez na sala, o que será necessário? E faça o seguinte exercício: como fazer com que as aulas fiquem prazeirosas para todos, partindo das necessidades de um estudante com surdez. Se você vai trabalhar o corpo humano, alfabetizar, qualquer conteúdo de qualquer série, ao invés de sair pensando em fazer tudo separado para um, que tal oportunizar para todos a LIBRAS, gravuras sobre os conteúdos… Que tal transformar suas aulas em aulas acessíveis para um e uma oportunidade para todos se prepararem para um mundo que já está aí?
Repense também a avaliação, a letra cursiva, a sua relação com os professores que estão inovando…
“Bata um Papo” com o Construtivismo. Tudo bem se não quer deixar algumas coisas de lado. Mas o ponto é este: nem se feche para o novo, nem jogue o que sabe no lixo. Ninguém está pedindo isso.
Considere que todos os estudantes têm pré conhecimentos muito importantes para incorporar na sala de aula, realize pesquisas, dê voz aos estudantes deixando que a sala tenha um barulho peculiar, e também permita o livre trânsito pela sala. Não pense que com isso os momentos de silêncio e atenção deverão ser esquecidos. De maneira alguma.
Não caia nos corporativismos. É uma algema que aperta cada vez que alguém quer se soltar. Amarra, obriga a agir uniformemente, impede de pensar por si. Não se junte aos professores que culpam os estudantes pelo (mal interpretado) fracasso escolar. Não trabalhe com essa coisa de culpa. Saiba que sempre estará aprendendo. Liberte-se da rigidez.
Ao pessoal que já tem experiência, já arregaçou as mangas e tem realizado trabalhos fantásticos em sala de aula (e fora dela!), tomando os estudantes como parceiros na empreitada pelo conhecimento, com enfoque no respeito a diversidade, uma proposta: divulgue-os.
Muito profissional já começou, organizando seu fazer pedagógico respeitando a diversidade, tornando suas aulas acessíveis a todos. Mesmo sem estudante com deficiência na turma, procura planejar aulas com mais recursos audio-visuais, com elementos táteis. Grava as aulas, as revê ou escuta com os estudantes, promove a elaboração de material sensorial com todos. Tem professor que trabalha com LIBRAS, usa reglete e punção na sala de aula.
Se você tem algo a dizer, é a hora!!!!!!
Este texto não acaba aqui…

–Patricia Kast Caminha

Pela Inclusão ampla, geral e irrestrita de todos a toda sociedade e ao que ela pode e deve oferecer.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sua majestade, a criança

Tem se falado muito na falta de limites das crianças de hoje. A garotada manda e desmanda nos pais e estes, sentindo-se culpados pelo pouco tempo que ficam em casa, aceitam a troca de hierarquia – hoje os adultos é que recebem ordens e reprimendas, e não demora serão colocados de castigo.
Segundo os pedagogos, precisamos voltar a dizer não para a pirralhada. É a ausência do não que faz com que meninas saiam de madrugada sem avisar para onde estão indo, garotos peguem o carro do pai sem ter habilitação e todos sejam estimulados a consumir descontroladamente, a não dar explicações e a viver sem custódia. Mas onde encontrar energia para discutir com filho? Pai e mãe se jogam no sofá e pensam: “Façam o que bem entender, desde que nos deixem quietos vendo a novela”.
Alguns adultos defendem-se dizendo que é impossível dar limites, vigiar e orientar, tendo que sair de manhã para o batente e voltar à noite demolidos pelo cansaço. Compreendo, é complicado mesmo. Se existe uma liberalidade e agressividade maior hoje entre as crianças, é claro que o fato de as mulheres terem entrado no mercado de trabalho e deixado em aberto o posto de rainhas do lar tem algo a ver com isso. Mas nem me passa pela cabeça estimular um meia-volta, volver. A sociedade avançou com a participação das mulheres e esse é um caminho sem retorno. O que compromete o destino de uma criança é não ter sido amada. E muitas não foram, mesmo com os pais por perto.
Não adianta o pai e a mãe passarem a mão na cabeça do filhote de vez em quando e repetir um “eu te amo” automático. A criança precisa se sentir amada de verdade, e as demonstrações não se dão apenas com beijos e abraços, e tampouco com proibições sem justa causa. O “não deixo, não pode” tem que ser argumentado. “Não deixo e não pode porque....” Tem que gastar o latim. Explicar. E prestar atenção no filho, controlar seus hábitos, perceber seus silêncios, demonstrar interesse pelo que ele faz, pelo que ele pensa, quem são seus amigos, quais suas aptidões, do que ele se ressente, o que está calando, por que está chorando, se sua rebeldia é uma maneira de pedir socorro, se está precisando conversar, se o que tem sentido é demasiado pesado pra ele, se precisa repartir suas dores, se está sendo bem acolhido pela escola, se não estão exigindo dele mais do que ele pode dar, se não foram transferidas responsabilidades para ele que são incompatíveis com sua idade, se há como entender e aceitar seus desejos, se ele está arriscando a própria vida e precisa de freio, se estamos deixando ele sonhar alto demais, se estamos induzindo que ele sonhe de menos, se ele está recebendo os estímulos certos ou desenvolvendo preconceitos generalizados. Dá uma trabalheira, mas isso é amar.
MARTHA MEDEIROS

Aula... ou espaço do nada?.

Mais um dia de aula. E mais um dia em que a gritaria, o deboche, o desprezo e o desrespeito comandam o espetáculo denominado sala de aula. É a festa liderada por dois ou três alunos os soberanos das façanhas ousadas, os heróis corajosos que enfrentam as professoras com arrogância destemida, no cotidiano das aulas. Aos poucos, outros seguem o exemplo, entram no embalo e a confusão aumenta. A aula, aos poucos, confunde-se com um vazio sem nexo. Não é uma aula. Não é uma festa. Não é nada! É o desmando.

A professora decide iniciar a aula, interfere – um bom-dia é dirigido aos alunos. Poucos ouvem e muitos ignoram. A seguir, a proposta da aula é comunicada. A maioria, entretanto, nem ouve. A professora se impõe e fala mais alto – para alguns é grito, desrespeito... É neste momento que os “líderes” agem com mais vibração. De forma descontraída, aos risos e gritos, circulam pela sala a pedir material emprestado, a segredar assuntos e a reclamar da professora, pois ela “grita com eles”...

Na tentativa de amenizar a confusão, a professora providencia o material que os alunos dizem ter esquecido – o lápis, a borracha, o caderno ou o livro-texto. Poucos momentos após – “achei meu lápis, meu caderno...”. O descaso invade o momento do saber – o desrespeito, o deboche e a farsa fazem da aula um mundo sem perspectivas.

Na verdade, a aula é comandada pelas artimanhas da “patrulha do faz de conta”. Então, através de alusões infundadas, de ameaças à professora, eles ignoram os conteúdos e as normas de convivência social – são os donos da situação. O restante da turma, refém da bagunça doentia, fica inerte, petrificado. A professora? Ah! Esta é mera figura decorativa.

Mas... e a aula, os conteúdos, o saber, onde é que ficam?

A ausência de ideais, de sonhos, de conquistas, anestesiam a vontade de muitos alunos e, desta forma, a violência mostra-se cada vez mais arrogante, ameaçadora e incontrolável, o que entrava o desenvolvimento cultural e assegura um rendimento escolar medíocre.

A sala de aula, hoje, é um espaço doentio, no qual o professor é torturado das mais diversas formas – verbal, gráfica e mímica, através de palavras, de gestos e desenhos obscenos e até sinistros. O aluno que não segue o “comando”, coitado, mesmo quieto, não passa ileso. É vítima desta turma – além da perturbação sonora, pouco ou nada aproveita da aula. Se é que este momento pode ser chamado de aula!

Este descontrole cultural e social terá alguma conotação com os resultados das avaliações em que o Brasil só tem atingido os últimos lugares? No teste do Pisa, de 2006, o Brasil conquistou o 52º lugar dos 57 países avaliados.
Janeta Pires ( professora)28/05/09 Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,
Dai-me esta graça que vem do amor.
Mas, antes do ensinar, Senhor,
Dai-me o dom de aprender.
Aprender a ensinar
Aprender o amor de ensinar.
Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor.
De aprender sempre.
Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.
Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe
Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.
Que meus conhecimentos não produzam orgulho,
Mas cresçam e se abasteçam da humildade.
Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,
Mas animem as faces de quem procura a luz.
Que a minha voz nunca assuste,
Mas seja a pregação da esperança.
Que eu aprenda que quem não me entende
Precisa ainda mais de mim,
E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.
Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,
Para que eu possa trazer o novo, a esperança,
E não ser um perpetuador das desilusões.
Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender
Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Antonio Pedro Schlindwein

Mensagem para início do ano letivo - (Achei esse lindo texto no blog da Marguinha)

Deus, autor da vida. Estamos juntos em oração. Juntos como determinaste. E juntos sentimos a Tua presença e consagramos esse novo ano. E juntos pedimos-Te que possamos ser fiéis à vocação que nos foi confiada.Que neste novo ano, Senhor, nos lembremos da vocação de ensinar. Que sejamos tocados pelo Teu amor, para que possamos partilhar amor. Que estejamos entusiasmados, cientes do sublime papel de tocar a alma e de ajudar o aluno a entender que vale a pena aprender, e aprender sempre, para que sejam, ao mesmo tempo, mais sábios e mais humildes.Que neste novo ano, Senhor, os alunos estejam mais receptivos. Que se abram para a eterna novidade da vida, da amizade, do amor. Que nas salas de aula, o Teu espírito esteja presente, tocando no coração de todos nós, sem distinção. E que a carência que vem de famílias ausentes seja amenizada nestes espaços de luz.Que, neste novo ano, cada funcionário se regozije de sua missão. Que ninguém se sinta diminuído, e que o respeito seja o guia de cada relação. Que a arrogância não encontre eco nesses espaços. Que a prepotência dê lugar ao olhar singelo de todos que precisam aprender. E Tu sabes, Senhor, que todos, sem distinção, precisam aprender.Que, nessa escola, um clima de harmonia possa reinar. Que cada canto e recanto seja abençoado. Que os acidentes sejam pequenos e não retirem o sorriso e o encanto das pessoas que aqui vêm para exercitar a arte e a missão de construir a felicidade. Que sejamos todos acolhedores e nos sintamos todos acolhidos por estarmos juntos, aqui.Que os pais possam estar mais presentes. Que se lembrem de que são os primeiros educadores e que não podem relegar à escola o seu papel de condutores de toda a vida. Que os pais se amem. Que a violência não encontre guarida na casa dos nossos alunos. Que a serenidade vença a agressividade, e que o amor jamais tire folga.Senhor, abençoa este novo ano letivo! Queremos renovar nossa fidelidade ao Teu chamado. Queremos renovar nossa disposição de viver a vida a serviço de uma grande causa, da causa do amor. E que o amor, esse sentimento divino e humano, esse sentimento que sintetiza Tua essência, nossa essência, seja a razão de estarmos aqui.
GABRIEL CHALITA(Educar em Oração)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Poesia das Férias

Nós somos as férias , muito prazer ...
Nós ressuscitamos a alegria de viver !
Nós somos irmãs do feriado ,
Que é alegre e animado !

Nossa mãe é a folga cheia de harmonia ,
Emoção , surpresa e fantasia !
Nosso pai é o descanso total ,
Fenomenal e especial !

Nós somos as musas do trabalhador ,
Que trabalha com suor e ardor !
Nós somos o remédio para o “ stress “ e para a fadiga ...
Para quem está nervoso , somos as melhores amigas !

Nós gostamos de uma praia quente ...
E de um parque fremente !
Nós somos as férias , muito prazer ...
Nós ressuscitamos a alegria de viver .

Luciana do Rocio Mallon .