Alunos da 5ª série A de 2011

Alunos da 5ª série A de 2011
Alunos em grupos fazendo trabalho sobre adolescência






Campanha valorização do Professor

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA - 5ª série A e B em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA - 5ª série A e B em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc
em Porto Alegre- Visita ao Museu da Puc

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA DO NASCIMENTO 2009

ALUNOS DA ESCOLA AGNELLA DO NASCIMENTO 2009
ALUNOS AO LADO DA ESCOLA NA FESTA DOS 80 ANOS

domingo, 24 de outubro de 2010

COMO AS MULHERES DOMINARAM O MUNDO.

Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as mulheres dominaram o mundo.
- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...
Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.
Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.
- E aí, papai?
- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela. Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes. "Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se referir aos maridos, diziam "O regime".
- E vocês? Não perceberam nada?
- Ficávamos jogando futebol no clube, despreocupados. E o que é pior:
Continuávamos a ajudá-las quando pediam. Carregar malas no aeroporto, consertar torneiras, abrir potes de azeitona, ceder a vez nos naufrágios. Essas coisas de homem.
- Aí, veio o golpe mundial?!?
- Sim o golpe. O estopim foi o episódio Hillary-Mônica. Uma farsa. Tudo armado para desmoralizar o homem mais poderoso do mundo. Pegaram-no pelo ponto fraco, coitado. Já lhe contei, né? A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais eram, no fundo, cúmplices de uma trama diabólica. Pobre Presidente...
- Como era mesmo o nome dele?
- William, acho. Tinha um apelido, mas esqueci... Desculpe, filho, já faz tanto tempo...
- Tudo bem, papai. Não tem importância. Continue...
- Naquela manhã a Casa Branca apareceu pintada de cor-de-rosa. Era o sinal que as mulheres do mundo inteiro aguardavam. A rebelião tinha sido vitoriosa! Então elas assumiram o poder em todo o planeta. Aquela torre do relógio em Londres chamava-se Big-Ben, e não Big-Betty, como agora... Só os homens disputavam a Copa do Mundo, sabia? Dia de desfile de moda não era feriado. Essa Secretária Geral da ONU era uma simples cantora. Depois trocou o nome, de Madonna para Mandona...
- Pai, conta mais...
- Bem filho... O resto você já sabe.
Instituíram o Robô "Troca-Pneu" como equipamento obrigatório de todos os carros...
A Lei do Já-Prá-Casa, proibindo os homens de tomar cerveja depois do trabalho...
E, é claro, a famigerada semana da TPM, uma vez por mês...
- TPM???
- Sim, TPM... A Temporada Provável de Mísseis... E quando elas ficam irritadíssimas e o mundo corre perigo de confronto nuclear...
- Sinto um frio na barriga só de pensar, pai...
- Sssshhh! Escutei barulho de carro chegando. Disfarça e continua picando essas batatas...
Luis Fernando Verissímo

MOMENTOS - Martha Medeiros

A vida é feita deles, dos momentos. Por vezes felizes, por vezes tristes, mas momentos.
Temos a tendência, falo de mim em particular, de querer eternizá-los quando são bons e torcer para que realmente sejam momentos quando não agradam, não são felizes.
O ruim é que nem sempre temos em mente que a vida é como uma colcha de retalhos que aparentemente não combinam entre si e ficamos tentando montar uma única figura para poder olhar e dizer: - Ah! Agora sim está pronta e pode ser usada- Esquecemos que a graça está justamente no descompasso e na falta do encaixe dos retalhos. É isso que dá a harmonia, dá o ar de mistério e cada um olha e vê a figura que quiser ou que puder ver. Os momentos podem ser eternizados sim, na mente e no coração, é só sentir e escolher os que realmente valem a pena. Mas para isso têm que ser vividos e não pulados ou deixados de lado como um mero retalho de vida sem serventia.
Não existe uma entidade chamada felicidade, que chegará em uma bela carruagem puxada por elegantes cavalos brancos, que irá bater em nossa porta em uma manhã de sol com um mensageiro portador do segredo do viver bem. A felicidade é feita de momentos felizes que passam rápido e não deixam recado e nem avisam quando e se vão voltar. Saber apreciar esses momentos é que fazem a vida valer a pena de ser vivida.
Tudo passa muito e dolorosamente rápido demais, não adianta querer segurar. Eu tive um professor que dizia uma frase que eu nunca mais esqueci que era mais ou menos assim – “A verdadeira festa é esperar pela festa, porque a mesma passava tão rápido que não dá nem para sentir”. Acho que ele estava totalmente certo. Os momentos que antecedem a festa podem ser mais valiosos que a própria em si e por muitas vezes não damos valor. Ficamos tão estressados com os preparativos no lugar de vivenciarmos cada segundo dessa maratona. Esquecemos de valorizar a energia que corre no sangue pelo suar frio de pensar em que roupa usar na ocasião, que música escolher, que petisco servir, quem convidar... Enfim cada decisão é um momento que traz em si uma emoção que nunca mais voltará, pois cada festa é única.
O filme, ao qual me referi no início do texto, me fez pensar que por muitas ocasiões nos prendemos no todo e esquecemos os detalhes. Os momentos são os detalhes que fazem o todo. Os momentos são como o recheio do bolo, dá o gosto e, no entanto não aparecem, mas não são esquecidos, sem ele não há sabor.
“Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes para esquecer...” Grande Roberto Carlos- lembra da música? É isso, os momentos são os detalhes da vida que formam a magia do bem viver, basta saber como emendar essa grande e valorosa colcha de retalhos. Os retalhos não têm que se encaixar e formar uma figura uniforme, eles são desordenados mesmo, não possuem regras nem forma, cada um prega o seu da maneira que sente e que vê e assim a vida vai passando e sendo vivida.
Momentos nada mais que momentos... Viva os seus e sinta a plenitude do todo sem esquecer-se de referenciar a presteza do requinte dos detalhes.

...gente fina, elegante e sincera Martha Medeiros

…gente fina, elegante e sincera
Uma amiga querida, em relato sobre uma atitude nada ética de uma outra pessoa, falou: “puxa, pensei que o mundo fosse constituído de gente fina, elegante e sincera!”(parafraseando a música do Lulu Santos).
Fiquei com a coisa na cabeça. Gente fina, elegante e sincera! Aí resolvi escrever sobre isso
Então, o que é gente fina e elegante? Não, certamente não são aquelas que vestem grife e circulam pelas lojas caras das cidades (seja a cidade qual fôr!). Não, não está relacionada a roupa, mas a alma! E nesta categoria “alma”, em especial, duas são preocupantes: as almas autoritárias e as almas assujeitadas.
Almas autoritárias! Hum…estas acreditam que tudo começa e termina nelas, suas verdades (e seus sofrimentos) são os únicos. São as “almas-trator”, desconsideram o olhar dos outros e vivem dando indulgências para suas pequenas(ou grandes) maldades. Ao desculparem seus erros a partir do suposto defeito alheio, não se dão conta das leis de Newton (toda ação corresponde a uma reação!), quando recebem a reação da ação realizada: caramba, são as vítimas do pedaço!
Conheço muitas almas autoritárias, algumas são risíveis, outras difíceis de conviver, outras muito cruéis.
Sim, as almas autoritárias nada finas e nem tampouco elegantes (independente de suas roupas, cortes de cabelos, etc) acreditam que o sentimento alheio não existe, negam o desejo do outro. E mais ainda, apagam o outro!
Ser elegante e fino é ver o outro!Reconhecer que há um mundo em que vivem pessoas – tão pessoas quanto qualquer um! Um mundo de gente que pode chorar, pois estamos aprisonados (ou libertos) em nossa condição humana, demasiadamente humana! E nesta o erro é sempre uma hipótese possível.
Sim, eu quero poder chorar um milhão de vezes. Chorar de saudade, chorar de alegria, chorar de arrependimento, chorar de indignação, chorar… Chorar é fino e elegante, respeitar o choro alheio mais ainda!
Outra categoria nada fina e nada elegante, são as almas assujeitadas. Estas vivem muito perto das “almas-trator”. Para toda “alma-trator” há uma alma assujeitada.
A alma assujeitada adora comprar coisinhas caras, como se as coisas caras fizessem dela algo igualmente caro. Caro, mas não raro. As almas assujeitadas não se preocupam com a singularidade, mas com a regularidade: desejam ser sempre iguais aos mais ricos ,aos mais bacanas, aos mais famosos!Para a alma assujeitada não há alma, só corpo. A alma assujeitada só vê o que os olhos humanos podem ver. Vê, mas não decifra! Ouve, mas não compreende!
Gente fina e elegante vê para além das aparências, ouve para além do que está sendo dito. Ser fino e elegante é fugir da superficialidade! Ser fino, muitas vezes, é ficar ao lado dos vencidos. Fino é não julgar!
É, amiga querida, também eu pensava ser o mundo constituído por gente fina, elegante e sincera!

terça-feira, 12 de outubro de 2010